sábado, 25 de junho de 2011

Nas entrelinhas

 Depois de muitos assuntos pautados, chegou a hora de criar uma maneira para nunca mais esquecer o que fora dito nas entrelinhas. Para tanto, foi preciso fazê-la, amiga leitora, de personagem central”.  
Nunca pensei em manter uma aproximação dela. Sempre a vi como uma mulher guerreira, destemida, corajosa, sonhadora e sofredora. Pude lecionar para os seus filhos. Inclusive, durante minhas aulas, notava que os mesmos possuíam uma boa orientação dos seus pais. Entretanto, não os conhecia. Mas sabia que eles eram bons mestres no ensino do lar.
Passado alguns anos, na transversal de uma rua completamente desconhecida pelos grandes literários, fui surpreendido novamente pela senhora chamada VIDA. Tal encontro entre mim e ela (vida), é sempre marcado por bons conselhos. É sempre assim, graças a Deus. Sempre me fez seguir suas orientações sensatas.
De certo, sei que não sou obrigado a manter uma interação com todos os elementos que vivem no planeta terra. Contudo, ter um afeto para com o outro é, no meu caso, uma obrigação social. Por isso, deixei meus pés conduzirem meus passos nas linhas do encontro amigável entre o desconhecido e o conhecido.  
Que episódio inusitado! – parece cena de novela mexicana.
Tal fato começou a ganhar formato. Em um dia festivo, tudo poderia acontecer naquele momento, eu estava um pouco debilitado, digo doente fisicamente. Entretanto, isso não impediu que um singelo amigo me convidasse a participar de uma prosa intrigante. Sempre pensativo, assim fiquei. Parado. Desconfiado. Aguardando o momento ideal.
Quando acordei da minha viagem pelas vias do pensamento, notei que seria boa minha presença diante daquele público.   
Ela, inspiradora desta crônica, fazia parte daquele ciclo de conversas. A cada milésimo, milhares de oportunidades surgem.Logo, o momento era oportuno - pensei comigo naquele grande dia.
Fui gradativamente me chegando. A princípio, não disse nenhuma palavra. Estava somente ouvindo e analisando cada dito. Eles traçavam diversos tipos de diálogos. Não sabia como mergulharia naquele oceano de palavras tão soltas. Depois, com muita suavidade, comecei a dar as primeiras braçadas no mar das letras. Olhei para todos os ângulos possíveis onde estávamos e notei que fiquei por alguns minutos conversando somente com ela. Foi o suficiente para nos tornarmos bons amigos.
Segundo ela, eu aprecio o olhar fatal que as mulheres possuem. Então, em seu olhar denotei sua ânsia em querer transportar-se para o “outro lado” da vida não conhecido.
Que coisa hein, de simples amiga leitora, agora ela tornou-se crítica literária e a personagem central desta crônica.
Mais um belo texto deste escritor desconhecido...
* Por Leandro da Silva, professor de História pela Universidade Gama Filho e escritor – Contato: 7730 – 6535 / 106*140486 – E-mail.prof.leandrosilva23@yahoo.com.br